quinta-feira, 28 de julho de 2011

Conseguiu sair do ninho

Querendo sair do ninho

Crescidos no ninho

Filhotes 2010 no ninho

Alimentando os filhotes

Cuidando dos filhotes

INFORMAÇÕES PARA INICIANTES

Princípios Básicos da criação de canários- Excelente artigo.

LOCAL DA CRIAÇÃO

Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de ampla (s) janela(s) devem ser protegidas por rede de malha fina para evitar a entrada de insetos e dispostas de madeiras a evitar a corrente de ar direta sobre as gaiolas, para prevenir o desenvolvimento de problemas respiratórios. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pequenas aberturas junto ao tecto, facilitarão a saída do ar quente.
A previsão do número de casais deverá ser feita de acordo com as dimensões do canaril, sempre tendo em mente que o mesmo também precisará acomodar os futuros filhotes e que a superpopulação é uma das causas de insucesso na criação de pássaros.

GAIOLAS
As gaiolas indicadas para a criação de canários são de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros.
Existem no mercado diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir as gaiolas iguais e do mesmo fabricante, com a finalidade de padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. Embora um pouco mais caro, deve-se adquirir para cada gaiola, uma grade - piso sobressalente que facilitará a limpeza.

São eles que, ao adquirirem seus primeiros exemplares, possibilitam aos criadores de categoria média a base financeira para que adquiram exemplares de grande categoria genética aos grandes criadores que por sua vez, obtêm condições para o aumentarem suas importações, finalizando a espiral do progresso.

Por isso, para esses verdadeiros propulsores dessa imensa máquina, selecionamos os conselhos de um técnico do gabarito do autor desse artigo que consideramos um dos mais bem elaborados e explicativos dos quantos que já apareceram através dos anos.

Os fundos das gaiolas (bandejas) devem ser forrados com papel absorvente (pode-se usar folhas de jornal) e sempre que houver acúmulo de desejos, troca-se a forração (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-pisso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e lavadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.

É preciso dispensar cuidados especiais também com os poleiros, que devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas.

ACESSÓRIOS E UTENSÍLIOS

São muitos e variados os acessórios utensílios destinados a equipar as gaiolas de criação que podem ser encontrados no comércio. Deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos muitas vezes supérfluos e que acabam dificultando a manutenção da higiêne.

Os melhores e mais práticos são os comedouros e bebedouros plásticos em forma de concha ou meia lua, usados no exterior da gaiola. Esses recipientes devem ser mantidos rigorosamente limpos, não se admitindo que os bebedouros criem limo (algas) e os comedouros acumulem pó. Além da limpeza diária dos bebedouros, com pincel, escova e esponja, pelo menos uma vez por semana os mesmos devem ser mergulhados por algumas horas em solução desinfectante (lixivia com agua, etc...) e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocadas para lavagem em espaços de tempos maiores.

Os canários precisam tomar banho frequentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permita a sua passagem pelas portas das gaiolas. ( Eu reaproveito as caixas plásticas da manteiga).

Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais, ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e de fácil higienização. Esses ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.
É boa prática trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada.

Após a abertura dos olhos dos filhotes não convém manusear os ninhos, para evitar que os mesmos o abandonem prematuramente, causando sérios inconvenientes.



FORMAÇÃO DE PLANTEL

Como o objetivo da canaricultura é a quantidade, o criador inexperiente não deve iniciar a sua criação com um número muito grande de casais. Se a intenção for ter um ou dois casais, por passatempo, sem a preocupação com os resultados, qualquer casal serve, desde que seja saudável. Entretanto, se o objetivo for criar canários pensando em desenvolvimento técnico e em concursos, deve-se começar com casais de raça ou de cor de acordo com a preferência, mas de qualidade reconhecida. O criador deverá então filiar-se a um clube ornitológico que lhe possibilitará a compra de anilhas para registros oficiais, além de assistência técnica e convívio com muitos criadores.
Para conseguir bons pássaros é prudente visitar criadores de prestígio, que poderão dar valiosas orientações sobre os acasalamentos pretendidos e fornecer matrizes de qualidade técnica indiscutível.
Algumas regras já estabelecidas são importantes e devem ser lembradas na hora da compra.

desconfie dos pássaros baratos pois geralmente são de qualidade inferior ou portadores de alguma afecção. É preferível começar com poucos casais de qualidade do que com muitos ruins;
compre somente canários que tenham anilha.



Não confie somente no seu "gosto" para avaliar um canário que deseja comprar. Certifique-se se ele está dentro dos padrões da cor ou de raça desejada. Se possível solicite os conselhos de um especialista , ou consulte o standart da raça inteirando-se das características dos pássaros devem possuir.
Não compre exemplares fracos ou doentes por melhor que seja se "pedigree" pois um pássaro nessas condições não será bom reprodutor;

Lembre-se que um pássaro saudável é esperto e alegre. Sua barriga deve ser limpa e sem manchas, seus pés e dedos sem crostas ou tumurações e sua respiração silenciosa e sem chiado.

Segundo o saudoso companheiro Carlos Gimenez "nem sempre um canário que obteve um primeiro lugar é o mais adequado para a criação.

Existem canários espetaculares em termos de plantel e criação que não teriam grandes chances numa mesa de julgamento, ou por terem o rabo aberto ou por estarem com a plumagem desarrumada, ou por estarem um pouco gordos quebrando assim a harmonia visual. Seria muito fácil se você comprasse o macho campeão e a fêmea campeã e acasalando-os, obtivesse o novo campeão.

Claro que os pássaros classificados em concursos devem possuir qualidades, mas também é muito importante a sua origem e potencialidades genéticas, o que justifica o ditado muito popular entre os canaricultures; "É preferível um pássaro razoável de uma excelente criação do que um pássaro excelente de uma criação razoável."



ACASALAMENTO

Normalmente a época de criação decorre entre os meses de fevereiro e junho.
Os machos e as fêmeas deverão ser colocadas nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação, fornecendo-se às fêmeas o ninho e fios de sisal e sarapilheira (desfiada ou em pedaços de 5 x 5 cm, presos nas gaiolas). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea a confeccionar o ninho remove-se a grade divisória, sendo então bem menor a possibilidade de brigas geradas por incompatibilidade ou despreparo do casal.



POSTURA
A postura do primeiro ovo sucede de 6 a 8 dias após a primeira cópula e as posturas mais freqüentes são as de 3 e 4 ovos.
A canária normalmente põe os ovos em dias seguidos, mas em alguns casos podem ocorrer intervalos de um dia entre um ovo e o seguinte.
Nas primeiras horas da manhã ( 5 a 7hs) a canária realiza a postura e depois é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no canaril muito cedo.
Todas as manhãs depois da 7 horas, os ovos recém postos devem ser retirados e substituídos por outros plásticos. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipiente com areia, algodão ou sementes esférica, (evitar sementes pontiagudas como alpiste, que podem perfurar a casca) e mantidos em temperatura ambiente. Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho, sendo este considerado o primeiro dia da encubação. A razão para que os filhotes nasçam mo mesmo dia e tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento.



INCUBAÇÃO
Normalmente a incubação é de 13 dias e nesse período é conveniente que o ambiente seja tranqüilo e que as manipulações na gaiola sejam rápidas, evitando-se perturbar a canária.

Durante a incubação os ovos perdem água através da casca que é porosa e permite também intercâmbio de grades necessários para a vida do embrião. Nesse processo de "respiração do ovo" o vapor da água expelido deve ser reposto. Daí a necessidade, nesse período, de humidade relativa do ar mais elevada. As canárias por instinto regulam a umidade molhando as suas penas, sendo conveniente colocar banheiras, particularmente ao final da incubação (3-4 dias antes do final) momento em que os ovos necessitam de maior humidade e menor temperatura para que os estímulos de eclosão sejam eficazes e os filhotes possam romper facilmente a casca (70-90% de humidade).

Se a fêmea não se banha é conveniente pulverizar os ninhos com água.

Em períodos de baixa humidade pode-se colocar esponja húmida no fundo da gaiola, embaixo do ninho.

Durante a incubação pode-se fazer o diagnóstico da fertilidade dos ovos a partir do 5º ou 6º dia, examinando-os por transparência através de um foco de luz e comprovando a existência do complexo embrionário. Para isso emprega-se um "ovoscópio" que consiste numa caixa contendo uma lâmpada no interior e um orifício sobre o qual se coloca o ovo.
Observando-se um ovo não fecundado, por esse método, a gema é perfeitamente distinguida, enquanto nos ovos fecundados, a partir do 3º ou 4º dia da incubação já não se distingue a gema, como se ela estivesse misturada com a clara.
Segundo Perez e Perez (Bases biológicas Y de aplicacion prática de la canaricultura), os ovos abortados constituem perigo pelas emanações que produzem, sobre os ovos normais, podendo estar a causa de fracasso da incubação. Por essa razão, esse autor recomenda a ovoscopia em dois períodos, aos 5-6 dias para descobrir ovos infecundados e aos 10-11 dias para eliminar os embriões mortos.



NASCIMENTO

Na maioria dos casos o nascimento  produz-se exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto , se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se Ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com frequencia. A falta de humidade também pode influir. Não abra ou jogue fora um ovo pelo menos até o 15º dia de chôco e, mesmo assim, faça um teste de vitalidade.
Para isso coloca-se os ovos  num recipiente com água morna e aguardar-se alguns minutos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, uma vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo e balançará ligeiramente. Os ovos abordados flutuarão de lado, sem movimentos pendulares, ou afundarão.



ANILHAMENTO



Para identificar as aves o sistema mais prático e seguro, consiste na colocação de anilhas nas pernas dos filhotes. A anilha é um anel de alumínio, fechada, inviolável, nas quais estão gravadas. As siglas da Federação e da Sociedade que as emitiu, o ano do nascimento, o número de ordem e o número do criador. Esta anilha é a identidade do pássaro , pois não saíra mais de sua perna, acompanhando-o por toda a vida.
Os pássaros para serem apresentados em Exposições e Concursos oficiais devem portar obrigatoriamente anilhas.

As anilhas são colocadas nos canários, com pouco dias de vida de 4 a 7, mas sempre tendo-se em conta o desenvolvimento ou que o pássaro a perca, se a manobra for realizada muito cedo.

O anilhamento é um processo delicado e as vezes é difícil, para o principiante. Deve ser feito sobre mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é comum que os mesmos defequem.

Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda, e com a direita o anel. Passa-se a anilha até o início da articulação.
Segura-se a ponta desses dedos e desloca-se a anilha através do dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna, fazendo com que o anel passe a perna.
Em seguida liberta-se o dedo posterior, desenganchando-o da anilha. Essa operação pode ser facilitada, untando-se os pés dos filhotes com vaselina ou outro lubrificante neutro.



SEPARAÇÃO DOS FILHOTES

A permanência no ninho até 20 dias é considerada normal. As ninhadas nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Pouco dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a papa, frutas e verduras. Com um mês devem descansar e quebrar as sementes, podendo então ser separados dos pais.
Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto estes não percam as penugens da cabeça (espécie de pelos).
Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para a nova postura. Nesse período os pais podem depenas os filhotes em busca de material para confeccionar o novo ninho. Isto pode ser evitado, separando-se os filhotes dos pais pela grade divisória da gaiola e oferecendo ao casal material para a confecção do ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, bastando para isso a colocação de poleiros baixos próximos à grade divisória, dos dois lados.



ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES

Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A papa de ovo deve ser administrada em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.
Pode-se usar verduras como corgette, bróculos e couve, sempre muito bem lavadas e frescas, bem como maçã.

O uso de variedades de sementes também é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (especialmente na primeira semana) a perilha ou a chia devem ser oferecidos em comedouros separados.
Algumas canárias não alimentam ou alimentam mal os seus filhotes, apesar dos cuidados do criador. Nesses casos. Delille (ABC PRATIQUE DE IÉLEVURS DE CANARIES COULEURS) recomenda além da retirada do macho, oferecer água de beber fortemente açucarada por um dia e pedaços de maçã.

Outro recurso que pode ser usado, principalmente para as canárias que saem pouco do ninho, é retira-lo com os filhotes por alguns momentos. Essa manobra faz com que a fêmea se alimente e ao voltar ao ninho, acabe alimentando os filhotes.
É sempre interessante colocar-se várias fêmeas para chocar ao mesmo tempo, ainda que para isso seja preciso esperar alguns dias. Caso falhem todas as manobras para estimular uma fêmea preguiçosa a tratar sua ninhada, resta a possibilidade de distribuir os filhotes entre fêmeas que estejam tratando bem.

Alguns criadores costumam auxiliar as fêmeas, administrando alimentos pastosos no bico dos filhotes, prática essa que é condenada por outros. (palitada).
Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas acreditamos que nos primeiros dias de vida é muito importante, pois permite administrar aos filhotes vitaminas e medicamentos eficientes no tratamento, por exemplo, da colibacilose, patologia responsável pela maioria das mortes no ninho. Além disso, auxilia o desenvolvimento inicial mantendo os filhotes em condições de se levantarem e pedirem alimentação as mães, aumentando o índice de sobrevivência.

ANTÔNIO CELSO RAMALHO

JUIZ DA OBJO - Ordem Brasileira de Juizes de Ornitologia. (FOB)

JUIZ OMJ-COM - Ordem Mundial de Juizes

Como Saber se Meu Canario é Macho ou Fêmea?

Como Saber se Meu Canario é Macho ou Fêmea?

2010-05-13 18:43

Canário Macho ou Fêmea?
Este é um ponto em que muitos criadores iniciantes e até mesmo mais experientes tem duvidas.
Quem é criador há mais tempo deve saber bem do que eu estou falando.
Quem nunca acasalou dois machos ou duas fêmeas?

Então vou fazer um resumo do que tenho de experiência e também o que ouço dos mais velhos criadores para identificar um canário macho de uma fêmea.
No fim de cada explicação irei colocar entre parênteses, (DITO POPULAR) e (VERDADEIRO), lembrando que muitos ditos populares são muito usados e aprovados também.

1- Os machos cantam e as fêmeas raramente o fazem.
Só que para identificar por este método os filhotes já tem que ter uma certa maturidade. É quando se vê nas voadeiras os filhotes machos churriando(engrizando). Apesar de ser bem fácil de se ter um engano também e talvez demorar muito para o filhote expor seus dotes de cantor. (VERDADEIRO).

2- Sexagem. Método com 100% de eficácia e ainda você recebe um
certificado para comprovar posteriormente.
O problema deste método é o preço. Se você tiver poucas crias compensa, mas se tiver muitas ai a coisa começa a ficar inviável de se fazer por este método. (VERDADEIRO).

3- Pela cor. Nos canários da linha escura, as fêmeas apresentam nas costas, um manto mais marrom (feomelanina) que os machos.
Os canários mosaico tem dimorfismo sexual. O que significa isso?
Dimorfismo sexual é quando  macho e fêmea tem características diferentes.
Exemplo: nos mamíferos o leão macho tem juba, já a fêmea não tem.
Nas aranhas geralmente os machos são menores que as fêmeas.
Veja na foto abaixo o macho e a fêmea do canário mosaico: (VERDADEIRO).

4- Ovo. Vários criadores alegam que pela forma do ovo pode-se determinar o sexo do filhote, onde os ovos mais pontiagudos são machos e os mais redondos são fêmeas. (DITO POPULAR).

5- Pela cloaca. Pegue o canário na mão e sopre na área da cloaca dele.
Note que o macho a área fica mais para fora, enquanto que a fêmea não apresenta este mesmo desenho, veja a foto abaixo, pois é melhor ver do que explicar. Também nas fêmeas as penas que circundam a cloaca tem aparência de leque, enquanto nos machos tem a forma de tufo ou espanador. O abdômen da fêmea também é maior do que o macho
Este método o canário já tem que ter uma certa maturidade para que possa ser observado este fato. (VERDADEIRO).

6- Pela linha dos olhos. A partir de uma linha imaginária, partindo do bico, direção aos olhos, geralmente às fêmeas tem os olhos acima desta linha, aparentemente justificado pelo fato disto permitir ver na hora da alimentação dos filhotes. Veja a montagem abaixo. (DITO POPULAR).
7- Cauda. Quando pegamos o canário na mão com o ventre pra cima o macho levanta o rabo.
(DITO POPULAR).

8- Linha e agulha. Essa é do tempo da vovó. Pegue uma agulha de costura e passe uma linha. Pegue o filhote na mão e segure pela ponta da linha, posicione a agulha a centímetros da cabeça do filhote. Se rodar é fêmea, se ir para frente e para traz é macho. Esse método é usado em mulheres grávidas, dizem que é infalível. Faça um teste. (DITO POPULAR).

9- Cabeça. Alguns criadores reconhecem pela forma da cabeça.
(DITO POPULAR).

10- Agressividade.  Normalmente os machos são mais agressivos, tem maior vivacidade e todo um porte mais avantajado. (VERDADEIRO).

Ficam aqui estas dez maneiras de diferenciar e reconhecer um macho de uma fêmea de canário.
Lembro que quando cito o “dito popular”, não quero dizer que não seja funcional e verdadeira é apenas uma maneira de diferenciar.
Peço também que me desculpem se deixei alguns métodos sem citar.

Bento Formigari - SICO 153

Artigo sobre Canário Gloster

GLOSTER IDEAL
Antonio de Pádua Báfero.
UCCC 017
Revista UCCC 2004
Arquivo Editado em 20/09/2004
Só para quem sabe ver
 

Muito se tem dito sobre a arte de escolher um canário para a reprodução. Criadores, experientes ou não, falam de campeões que quase nada transmitem de qualidades aos seus descendentes; falam também, de canários com baixa pontuação em concurso, mas por serem portadores de boa linhagem, são bons "raçadores", isto é, transmitem aos seus descendentes características desejáveis da raça.
Muitos criadores compreendem o alto grau de segurança ao adquirir um canário para reprodução, oriundo de um Criatório com bons exemplares.
Quando me propus a escrever sobre a escolha de um canário de porte para a reprodução, mais especificamente, o Gloster, não o fiz com a pretensão de produzir um tratado científico discutindo possibilidades genéticas. Saberes científicos são complexos, estão nos livros e todos os criadores, com mais ou menos experiência na canaricultura, tem obrigação de saber sobre eles.  Escrevo com  a intenção de refletir sobre o ato subjetivo de ver o canário.

Por que o Gloster?
Escrevo sobre o canário Gloster porque fui cativado por sua graciosidade e pela harmonia dos seus movimentos. Isso não se explica, faz parte da imensidão da alma humana. Todas as raças de canários têm seus admiradores. Foi dito que o canário Gloster, como todos os canários de porte, é uma escultura, uma obra de arte. O Manual de Julgamento de Canários de Porte, publicado pela Ordem Brasileira de Juizes de' Ornitologia, Edição 97 diz o seguinte: "Na canaricultura, o segmento dos canários de porte pode ser comparado à escultura. Os criadores procuram através de cruzamentos judiciosos produzir pássaros que se assemelhem, ao máximo, na forma, posição e plumagem a um modelo preestabelecido denominado padrão da raça". Ora, se é uma escultura, resta ao criador aprender a olhar e ver com sensibilidade e conhecimento. O desenvolvimento dos sentidos para compreender e conhecer um canário Gloster ideal necessita de aprendizado.
Numa primeira olhada um canário Gloster é "apenas um Gloster" de boa ou má qualidade. Já numa segunda vista, dependendo dos conhecimentos de cada criador, surgem os detalhes, que serão avaliados como características da raça.
Ninguém se transforma num bom conhecedor de Gloster de um dia para o outro, mesmo os mais instruídos necessitam do tempo.
O tempo acomoda os saberes e forma na memória um padrão ideal da raça. Para aprender é preciso exercitar visitando exposições, criadores e dialogar com juizes especialistas na raça Gloster. Faz parte das pessoas comparar a imagem de um lugar ou de um objeto ou de um animal, com imagens ou impressões guardadas na memória. 
Quando um criador se propõe a adquirir um canário Gloster, o julgamento que ele faz "a priori”, é comparar o canário que está vendo com o canário existente na sua memória. Pode-se chamar isso de uma avaliação perceptiva, consciente e técnica.
Pode ocorrer, muitas vezes, que a imagem do canário guardada na memória está aquém da  imagem do Gloster ideal. Quando isso acontece, o  criador, sem se aperceber, adquiri um canário com  as mesmas virtudes e os mesmos defeitos os seus, isto é: com o mesmo formato da cabeça, topete, cílios, plumagem, postura, cauda, pernas e patas, forma e tamanho.
A dificuldade para avaliar um canário Gloster é perceber a harmonia entre os diversos  segmentos do seu corpo. Harmonia quer dizer disposição bem ordenada entre as partes de um todo; quer dizer ainda proporção, ordem e simetria. A complexidade para quem avalia um canário Gloster é uma arte, um jogo de combinar peças: cabeça e pescoço; pernas e patas; topete e ponto central e pescoço; presença de cílios ou sobrancelhas; tamanho e cauda; forma e plumagem (penas curtas, médias e longas), postura, movimentos e condições de saúde. Aprender a olhar e a ver é um exercício que exige um longo tempo. PARA APRENDER A VER Os olhos obedecem à ação da mente. Assim, o primeiro passo que um criador deve dar para a escolha de um Gloster ideal é a abstração. Aprender a ver é um exercício que exige o desenvolvimento do gosto, da sensibilidade e do intelecto.

O gosto (lat. gustus: sabor), em um sentido genérico é o instrumento e o árbitro do discernimento estético. Aprender a julgar com critério e sensatez um canário Gloster é ter desenvolvido na alma o sentimento do belo e da harmonia que existe entre as partes formadoras desse canário;
A sensibilidade (lat. vulgar sensibilitas), em um sentido genérico, é a capacidade que o criador tem de sentir, de ser afetado pela beleza e a harmonia da forma do canário. De receber todos esses estímulos através dos sentidos, principalmente da visão;
A inteligência (do lat. vulgar intelligentia) em um sentido genérico se aproxima de intelecto, entendimento e razão. É a individualidade de cada criador. O intelecto dá autonomia ao criador. Entendimento é a faculdade que um criador adquire de compreender ou pensar por idéias gerais ou conceitos. A razão é a capacidade de julgar que caracteriza o ser humano, de distinguir o verdadeiro do falso. Se a primeira fonte que temos ao olhar um canário Gloster é a sensibilidade, a segunda é o entendimento, poder de julgar, poder de conhecer o não sensível. Por isso, desenvolver a inteligência de um criador para o canário Gloster envolve sentimento, percepção, memória, raciocínio, seleção de dados, previsão, analogia, simbolização e autonomia.
Criar canário é um jogo. Para se divertir e estar feliz com esse jogo, é preciso aprender as regras e entender a intenção do jogo.
Com o passar do tempo aprendi a brincar de criar canário Gloster. Confesso que os melhores professores que tenho tido ultimamente são a paciência e o tempo para aprender. Por último, aprendi a não atribuir aos outros criadores os erros provocados pela minha ignorância. Esperteza é um mito e uma lenda que pertence à velha e esfarrapada tradição cultural dos antigos criadores de canários brasileiros.
Canário de boa qualidade para a reprodução é privilégio de quem sabe ver.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CRIADOR DE GLOSTER

Sou criador de canários Gloster e criei este bolg, para que eu posso postar alguns artigos sobre a raça e trocar informações com amigos.